1.18.2008

Michel Tournier " Les météores "

Les pierres ne doivent jamais être simplement posées sur le sol. Il faut qu'elles soient toujours quelque peu enfouies, car la pierre posséde une tête, une queue, un dos, et son ventre a besoin de la chaude obscurité de la terre. La pierre n'est ni morte, ni muette. Elle entend le choc des vagues, le clapotis du lac, le grondement du torrent, et elle se plaint si elle est malheureuse, d'une plainte qui déchire le cœur du poète...
Les pierres d'un jardin se classent selon trois degrés d'éminence:

Les pierres principales
les pierres additionnelles
et la pierre oku.

La pierre oku n'est pas évidence. Touche finale, intime, secrète qui fait vibrer toute la composition, elle peut remplir sa mission en demeurant inaperçue, comme l'âme du violon.

As pedras não podem ficar simplesmente pousadas pelo chão. É necessário que fiquem sempre um pouco enterradas, porque cada pedra possui cabeça, cauda, costas, e o seu ventre tem necessidade da cálida obscuridade da terra. A pedra nem está morta nem é muda. Ouve o bater das ondas, o chapinhar dos lagos, o clamor da torrente, e queixa-se se está infeliz com o queixume que dilacera o coração do poeta...
As pedras de um jardim classificam-se em três graus de eminência:
as pedras principais
as pedras adicionais
e a pedra oku
A pedra oku não está evidente. Toque final, íntimo, secreto que faz vibrar toda a composição, pode cumprir a sua missão ficando desapercebida como a alma do violino.

3 commentaires:

Jorge Pinheiro a dit…

O que é a pedra oku, ma chérie?

Claire-Françoise Fressynet a dit…

é segredo Jorge, mas sempre podes escrever na barra de endereço “pedra oku”
Beijinho, descansa o ombro.

Jorge Pinheiro a dit…

Não me digas que é no templo de Ioji, ali em Ioji Mae? Ando mesmo esquecido... O ombro é uma estucha. É a idade!
Bjs.