11.07.2012

Juliane Fressynet













 As espirais estão presentes em toda a natureza sob muitas e diversas formas. São um símbolo de evolução e de movimento ascendente e progressivo, presentes na própria essência do universo.

Nesta instalação cada escultura é composta por dois elementos, uma mola de aço helicoidal, que é o esqueleto onde se enrosca uma peça de faiança. As peças são fragmentos inspirados na espiral logarítmica que percorrem e acompanham simultaneamente o interior e exterior do espaço vazio existente nas espirais helicoidais. Está ainda subentendido nesta forma um movimento de constante projecção para o infinito.  Os contornos exteriores dos fragmentos da peça são a manifestação do invisível que se completa através da memória individual de cada um, surgindo assim uma interpretação pessoal da obra.

O espaço no qual as peças estão instaladas é marcado pela rigidez das estruturas de madeira do sótão e pelas suas formas rectas que contrastam assim com as formas helicoidais das molas. As esculturas estão dispostas sobre o ponto de maior sustentabilidade das vigas para receber um objecto que vai exercer força e tensão. As peças não vão estar assentes no chão ou num plinto mas sim acima do olhar do observador, o que vem coincidir com a minha vontade de manter a verticalidade da escultura.

Juliane Fressynet 

Finalistas Escultura FBAUL 11´1   
http://www.fba.ul.pt/portal/page?_pageid=401,1640533&_dad=portal&_schema=PORTAL

Catálogo 
 http://www.fba.ul.pt/pls/portal/docs/1/383233.PDF