Sexta-Feira 22 de Maio
Ana Leonor
Desenho: Entre Arte e Ciência
Lucy Lyons / Marta de Menezes
8 – 23 Maio 2009
Programa
Residencia Aberta + Exposição: 8 - 23 de Maio, quarta a sábado, das 19 às 23h
Apresentação do Projecto + Lição de Desenho + Inauguração, 22 de de Maio, 19h
19h – Introdução, Teresa Carneiro e Luís Filipe Gomes
19.15h – Apresentação do Projecto Desenho: Entre Arte e Ciência, Lucy Lyons / Marta de Menezes
19.45h – Lição de Desenho: O Desenhador Desenha-se, Ana Leonor Madeira Rodrigues
20.15h – Questões
21h – Inauguração do Projecto: Desenho: Entre Arte e Ciência, Espaços do Desenho
http://www.drawingspaces.weebly.com/
Lição de Desenho: O Desenhador Desenha-se
Ana Leonor Madeira Rodrigues
“...ao fazer um desenho, a minha identidade contida na maneira dos meus gestos, está impressa em cada traço e em cada mancha. Ao usar o verbo de forma reflexa, desenhar-se, pretendo impor directamente esta ideia de identidade contida no acto de desenhar.
Digo de mim, em desenhos, porque posso querer fazê-lo – acto consciente – mas desenho-me sempre, tanto quanto essa acção tem como resultado final um objecto que é o seu vestígio – acto com características mais vegetativas do que subconscientes. Esta diferença que me distingue de todos os outros refere ao carácter único e irrepetível que é cada entidade viva, e deste modo cada pessoa, tanto quanto são únicas as minhas características, mesmo a um nível microscópico, e única a minha identidade genética. Assim será toda a acção que a criatura, por hipótese eu, vier a fazer.
O objecto desenho, não existe anterior a nós, ele é um resultado quer da nossa relação espacial e fenomenal com o mundo, quer um resultado directo da nossa vontade e capacidade de acção, neste caso do desenhar.(...)
(...) A identificação das características próprias do traçar de cada autor, da linha ou grafismos simples que cada um fará, e que pode ser definida por adjectivos diferentes com maior ou menor cor, só demonstra que cada pessoa risca de um modo que a define, e que é apenas seu, e esta constatação é tão verdadeira quanto e a de que, cada pessoa tem uma letra e uma assinatura que a identifica tal impressão digital.
A quase organicidade do desenhar, neste sentido de vestígio de nós mesmos, é um dos aspectos fundamentais para entender a sua importância como método de investigação e registo do mundo que nos envolve, bem como de nós próprios, tanto quanto permite estabelecer uma relação directa entre a coisa a perceber, a percepção e o registo de como foi percebido. Um registo que não só faz sentido para nós próprios, como é também imediatamente compreensível por quem olhar o desenho.”
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5.15.2009
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4 commentaires:
Claire : Tens lá no meu canto mais um daqueles desafios que nunca sabemos a quem passar. Tem lá paciência...
Uma boa exposição. Os melhores sucessos. Obrigado por teres promovido o concerto e ainda mais por teres ido. Ando com dificuldade em entrar no teu blogue. Não estará muito "pesado"?
Jorge, wehh! só podia ter ido pois!!!
Não sei quanto pesará este blog mas não deve ser mais que o teu! por vezes uma limpeza ou desfragmentação do computador ajuda a melhorar.
Beijinhos
muito interessante. a escrita também costuma suscitar este tipo de pensamentos. gostei muito de ler este texto! =)
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